É difícil para eu esquecer
ou
É difícil para mim esquecer?
Mim, no caso, não é sujeito de esquecer, mas complemento de difícil, que rege a preposição para (difícil para mim). A frase, em outra ordem, é Esquecer é difícil para mim.Não confundir com casos em que eu é sujeito do infinitivo: livros para eu ler.
A cada semana O Bom Português dá uma dica nova para você não errar mais.
Entre eu e tu
ou
Entre mim e ti?
ou
Entre mim e ti?
O pronome regido pela preposição entre deve aparecer na forma oblíqua. Assim, é correto dizer entre mim e ele, entre ela e ti, entre mim e ti. Os pronomes pessoais do caso oblíquo funcionam como complementos: Isso não convém a mim, Foram embora sem ti, Olhou para mim. Os pronomes pessoais do caso reto exercem a função de sujeito na oração. Dessa forma, os pronomes eu e tu estão empregados corretamente nos seguintes casos: Pediu que eu fizesse as compras, Saberão só quando tu partires, Trouxeram o documento para eu assinar.
Custei a entender
ou
custou-me entender?
A construção tradicional com o verbo custar é sujeito (o que custa) + custar + objeto indireto (a pessoa a quem custa): Levantar cedo (sujeito) custa muito a ele (objeto indireto) ou A casa (sujeito) custou-lhes (objeto indireto) metade da herança. Portanto, para estarmos de acordo com o padrão culto da língua, devemos dizer Custou-me acreditar, não Custei a acreditar. Esta última construção, contudo, é um brasileirismo muito corrente, a tal ponto que, no Brasil, até pessoas instruídas chegam a sentir alguma estranheza diante da construção dita “correta”. Cabe ao usuário escolher a construção “de lei” ou o brasileirismo que, para os conservadores, soa como vulgaridade sintática.
Nenhum comentário:
Postar um comentário