Ultimamente muito se tem falado da importância do brincar na escola, porém, muito mais do que simplesmente levar o brinquedo para a sala de aula, é importante conscientizar os professores sobre a importância dos jogos e suas contribuições para o desenvolvimento infantil dentro de um panorâma social, afetivo, cultural, histórico e criativo.
Antigamente as crianças brincavam nos quintais, subiam em árvores, corriam, pulavam. Os pais se reuniam com os vizinhos à frente de suas casas contando seus "causos" enquanto os pequenos escondiam-se um do outro, pegavam suas bolinhas de gude, suas cinco Maria e, exaustos de mais um dia, entravam para suas casas desfrutando de mais uma noite de sono tranquilo.
Dessa forma, o desenvolvimento global de uma criança ocorria naturalmente, ela conhecia os limites do seu corpo, interagia socialmente, sua criatividade era estimulada e sua história perpetuada.
No entanto, com o advento das novas tecnologias, muitas crianças passaram a ficar trancafiadas em suas casas, isoladas, frente aos seus vídeos-game, sedentárias. Apareceram novas oportunidades de trabalho para as mães, no lugar das casas apareceram os prédios, as árvores foram derrubadas, os quintais sumiram e a sociedade começou a se modificar.
Percebeu-se, no entanto, que as crianças ao entrarem nas escolas não tinham mais noção de lateralidade, esquema corporal, percepção visual, entre outros aspectos tão importantes e necessários para o início da alfabetização.
Vários pesquisadores mostraram preocupação em compreender o motivo de tal fato e, segundo afirma a pedagogoa Tânia Ramos Fortuna, que dirige o Programa de Extensão Universitária "Quem quer brincar?", na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os resultados apontaram para a diminuição do brincar da criança, o que é algo preocupante, pois um dos indicadores do bem estar da criança, ao lado da higiene, alimentação e sono, é o brincar. Pense nisso!
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